A Cruz Vermelha Portuguesa está a chegar à reta final de um projeto transformador, desenvolvido ao longo dos últimos dois anos, focado na capacitação e melhoria da qualidade dos serviços prestados a quem lida com o sofrimento emocional. Com o apoio da Comissão Europeia e da gestão da Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, o projeto #EU4HEALTH tem promovido a prevenção e a saúde mental através de diversas ações em 25 países.
No contexto do conflito na Ucrânia, iniciado há quatro anos, a Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente, junto com o International MHPSS Hub, encontrou no #EU4HEALTH uma oportunidade para reforçar a saúde mental e a intervenção humanitária. O projeto também capacitou agentes comunitários da linha da frente, professores e militares da Guarda Nacional Republicana (GNR), todos envolvidos em programas específicos de apoio a populações vulneráveis, como o Escola Segura, apoio à população idosa e intervenção junto de vítimas de violência doméstica.
Recentemente, a Cruz Vermelha Portuguesa realizou 5 ações de formação de Primeiros Socorros Psicológicos para Crianças (módulo 3) e 1 formação de Primeiros Socorros Psicológicos (módulo 2), em colaboração com o Centro para as Migrações do Município do Fundão e a GNR. Durante duas semanas, a iniciativa capacitou 119 pessoas, incluindo 62 militares da GNR, 57 professores e trabalhadores humanitários, capacitados para realizar sessões de sensibilização de 4 horas sobre Primeiros Socorros Psicológicos.
A parceria entre a Cruz Vermelha Portuguesa e a GNR, que já existe há vários anos, foi fundamental para a implementação da ação, especialmente com o apoio do Departamento de Psicologia da Unidade de Saúde da GNR, o Centro Clínico e o apoio logístico do Centro para as Migrações do Município do Fundão. Juntos, desenvolveram um trabalho coordenado, promovendo um espaço de reflexão, partilha e fortalecimento das estratégias de intervenção junto das populações mais vulneráveis, com foco na dignidade humana e no acesso à saúde mental.
Os momentos de capacitação também serviram para desmistificar estigmas e estereótipos que dificultam o acesso a serviços psicossociais eficazes, além de contribuir para a diminuição da iliteracia em saúde mental. Na Cova da Beira, estas ações têm sido essenciais para o fortalecimento de uma sociedade mais inclusiva, socialmente diversa e respeitadora dos direitos humanos.
O #EU4HEALTH continua a promover o bem-estar mental e emocional, especialmente de trabalhadores humanitários, voluntários e outras pessoas que atuam na linha da frente, sempre com o objetivo de garantir que a saúde mental seja tratada como um direito universal. Até Junho, o projeto continuará a sua missão, com ações concretas em terreno, sob o lema: a saúde mental importa e é um direito universal.
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